Olhei para mim e vi uma
árvore seca, de galhos infrutíferos. O pouco de força que ainda me resta
implora por chuva, e faz certo tempo que não chove por aqui, meu ser pede pela
vida que a água traz. Não que eu não goste de ver o sol e me deliciar com seu calor,
é que... ele está aqui há tanto tempo que me fere...
Só agora me dei conta de
que eu passei por todo esse tempo de seca sem contatar Àquele que tem poder
sobre todas as coisas, me lamentei só, sofri as dores das queimaduras de sol com a solidão da minha alma, e parecia
me bastar. Parecia que enquanto eu mostrasse a Ele que estava em momentos de
amargura, Ele traria o tempo que eu precisasse, fosse chuva, sol, vento... Mas
só agora vejo o quão imaturo fui. Ele nunca virá arrombando portas, Ele nunca aparecerá
sem ser chamado, se eu quiser que Ele venha e transforme minha circunstância,
devo saber quem Ele é e como age. Devo buscar conhecê-Lo.
Olho para minhas raízes e vejo que não
são nada profundas, eu não aguento qualquer mudança de clima prolongada pois
minhas raízes são fracas, rasas, presas a coisas ínfimas, que não são
suficientes para me manter com vida.
Soube desde o início Quem
tem vida para me dar, mas insisto em me manter sempre só, tentando sobreviver
com meu peso sobre as raízes frágeis. Achava que a culpa era Dele, que Ele
fingia não me ver, quando na verdade, quem não O permite agir sou eu por não
Lhe dar espaço. Não permito Sua aproximação, pois quero tudo do meu jeito.
Os tempos de seca são
quando Ele não está aqui, e Ele não vem há tanto tempo por minha culpa. Porque
não peço, porque não reconheço que minha suficiência vem Dele, porque prefiro
me lamentar, me colocar em posição de vítima.
Satisfaço minha alma de
raízes débeis. Cheguei no ponto crítico em que não posso mais me dar ao luxo de
agradá-la, de fazer o que é mais fácil, se continuar assim, o pouco de vida que
me resta se esvairá e de mim só restará um corpo estéril. Me perdoa, Rei, se
tive que chegar até aqui, se Te fiz assistir ao meu sofrimento porque me era
mais prático.
Teu amor nunca falhou
comigo, mas vejo que nunca Te amei com verdade. Te peço que chovas aqui, mas
que antes de chover me derrube, me corte os galhos que não tem vida, me
arranque as raízes que já não prestam mais, me derrube ao chão e me plante de
novo, me plante com raízes radicadas na Tua boa terra. Me plante novo, já
cansei de ser velho e nulo para Ti, não me basta mais saciar os desejos da
minha alma frívola, porque cada vez que vens és novo, então faz de mim uma
planta nova para Ti.
Texto por Ana Carolina da
Silveira
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Texto lindo tirado do facebook Ore Depois de Ler.
Espero que tenham gostado.
Fiquem com Deus.
Que Deus te abençoe!
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